sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Um Ponto Negro na Neve

         Certa vez li numa revista, que um brasileiro pleiteou, durante cinco anos um visto para entrada, na antiga União Soviética. Depois deste período de espera foi atendido em seu pleito, com a seguinte condição: morar nas  estepes Russas, onde raramente se vê a terra e sim o gelo espesso, nas estepes é onde nascem os girassóis mais belos. Eu estou citando este fato, por que gostaria de analisar e avaliar a luz dos acontecimentos, a aceitação forçada de alguém pelos doutos senhores, do supremo tribunal federal.
          Ora, um presidente operário e somente ele, poderia ter a audácia de invadir uma seara, inteiramente integrada a mais alta sociedade brasileira . Acredito que tal assertiva foi realmente um ato de apreço as suas origens humildes.
          O presidente operário, com esta atitude no meu entender, demonstrava uma posição  independente à esta sociedade arcaica, vaidosa, inserindo de acordo com os direitos humanos, um elemento cuja capacidade reconhecida internacionalmente, com saber jurídico, indicou-o para aquele egrégio tribunal.
Com o fito de causar- lhe, mal estar, seus pseudos colegas, começaram a designarem para decisão dele os mais controversos casos, suas decisões entretanto, pelas discussões em plenária, observamos que o mundo jurídico dele, divergia substancialmente dos seus pares.
 A guerra de pontos de vista, se fazia patente, em toda sua plenitude é claro que em alto nível, como não poderia deixar de ser, por se tratar da mais alta corte da nação, por fim entregaram a ele como relator o caso apelidado como “mensalão” todos sabíamos tratar- se de uma bomba de efeito retardado, que certamente explodiria no seu desenlace.
            Vou expor o que penso, Pois não ouso dizer, que seria verossímil minha ideia sobre o caso, apenas como especulação, curvo-me ao que difundia um comentarista de uma radio que ainda hoje existe, chamava-se Al Nêto e no seu slogan dizia: “O que há por trás da notícia”, por isto, especifico, para saber a veracidade dos fatos e as intenções das observações aos pareceres do ilustre relator.
Será que o ponto negro na neve, resultara na aversão dos colegas as intervenções e conceitos  do relator, que não gostava de tapinhas nas costas, embora um afago fosse sempre bem vindo? Difícil e quase impossível sondar a alma humana, principalmente, de pessoas altamente cultas. Estas são especialistas em dissimulação e conhecem muito bem a gramática, estas senhoras e senhores estão acima de qualquer suspeita,
esqueci de mencionar no início, que o brasileiro que desejava viver na Rússia, também era negro, não sei se ele foi feliz lá, espero que tenha sido, coisa que acredito não tenha acontecido com o relator, vivendo na neve, em vista da sua saída intempestiva, do meio da Alvura, buscando outro nortes. Desejo sinceramente que encontre a paz na sua futura estada e que não seja tão rígido, mas, continue, respeitando e obedecendo a lei que acredito seja a razão de seu viver.

Esta é minha opinião, embora, só tenha falado para sua reflexão.

                         Carlos Ferreira
                         Rio 01/08/2014


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